No tempo dos trens em Porto União e União da Vitória

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Atualizado há 3 anos

| Uma visita ao Passado |

(Acervo Ivo Dolinski)

A foto é do Grupo União da Vitória/Porto União que, junto com centenas de outras, mostra como eram as cidades que carinhosamente denominamos de ‘irmãs’ antes mesmo da metade do século passado.

É uma das fotos mais importante da nossa história: registro da linha da antiga ferrovia que divide Porto União (SC) com União da Vitória (PR), provavelmente depois de uns 20 ou 30 anos antes da concretização do acordo entre os dois estados; que, em 1916, culminou com a ocupação pelo estado catarinense de grandes áreas do Oeste, Centro do OesteVale do Rio do Peixe e Planalto Norte, que integravam o Paraná, definindo oficialmente o território catarinense.


O lado paranaense

Do lado paranaense, na histórica foto, vemos ainda uma senhora solitária, uma carroça estacionada, um prédio que ainda está em pé à esquerda; e, à direta, aquele prédio que pertencia à família Cleto, que durante anos foi a Livraria Cleto (e também uma gráfica), mas que foi demolido, dando lugar a um prédio com linhas arquitetônicas modernas e que abriga agora uma grande loja.

Com relação à preservação da história, uma lástima a demolição do histórico prédio. Mas o progresso é irreversível e impossível de ser impedido.

E na linha férrea, a foto de uma locomotiva tracionando uma composição, exatamente na divisa dos dois estados e cidades, mas que provavelmente seja dos anos 20, já que não aparecem veículos motorizados parados à espera da liberação para continuar como acontecia nas décadas seguintes, quando filas se formavam.


O lado catarinense

Do lado catarinense, na rua Matos Costa, na foto são vistos alguns dos prédios que ainda estão em pé, inclusive o da Casa Ferro, que teve na sua frente uma bomba (não posto) de gasolina, também foi sede bancária e agora abriga uma moderna farmácia.


Rua Siqueira Cortes

Para a maioria da população, a Avenida Manoel Ribas começa na saída da Ponte dos Arcos e termina na divisa com a rua Matos Costa.

Manoel Ribas, que até recentemente ainda constava no atual DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes) como rodovia federal em área urbana, termina na esquina com a Carlos Cavalcanti, que até a divisa dos municípios (uma única quadra), é oficialmente denominada de Rua Siqueira Cortes, que foi o fundador daquelas que chamamos de Cidades Irmãs.