Para quem gosta de fotografia, de história ou dos dois, a exposição de parte das imagens feitas pelo sueco, Claro Gustavo Jansson, é um prato cheio. São obras históricas, todas em preto e branco, que recortam um período longo de intensa atividade, especialmente entre os anos de 1912 e 1940, na região Sul do País.
A estreia foi na quinta, 6, durante uma solenidade breve, onde a pedagoga, Rosa Maria Tesser, que organizou o material e escreveu sobre Jansson, mas pode ser apreciada até o dia 30. São retratados de um tempo de exploração ambiental, do auge da ferrovia e de revoluções. As 146 fotos narram, de maneira silenciosa, a Guerra do Contestado, a história da Lumber, do ciclo da erva-mate, da estrada de ferro, do nascimento de União da Vitória e Porto União, e das revoluções de 24, 30 e 32. É uma aula cultural de encher os olhos.
A mostra é uma parceria entre a Fundação Catarinense de Cultura e a Secretaria de Cultura e Turismo de Porto União.
Sobre Jansson
Seus registros lhe garantiram apelidos: ora é o fotógrafo do Contestado, ora viajante. Claro Jansson nasceu em 1877, em Hedemora, na Suécia. Morou na cidade até os 12 anos, quando se mudou com a família para Estocolmo. Pouco depois, veio com os pais e outros seis irmãos, para o Brasil. No País, se dedicavam à agricultura. Em 1893, Jansson morou na Lapa, se casou, teve filhos. Pouco depois de 1912, comprou equipamentos fotográficos e iniciou sua “peregrinação” pelo Sul, especialmente. Contou, através das imagens, alguns dos principais momentos da história regional. Foi contratado pela Lumber, para registar as atividades da empresa. Neste mesmo momento, ficou frente a frente com o Contestado.
EXPOSIÇÃO DE CLARO JANSSON
Onde
No Barracão I da Estação União (lado de Porto União)
Quando
Até o dia 30
Visitação
Das 9 às 18 horas, sem fechar no almoço. Aberto também nos feriados e finais de semana
Investimento
Entrada gratuita