Traficantes tentam embarcar 1 tonelada de cocaína em compensados da Macasil

Proprietário da Empresa diz que carga de compensados caiu nas mãos do narcotráfico internacional

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Atualizado há 5 anos

Droga estava em meio a carga de compensados com a logomarca da Macasil
Droga estava em meio a carga de compensados com a logomarca da Macasil

A equipe da SAVIG – Seção de Vigilância Aduaneira da Alfândega da Receita Federal do Porto de Paranaguá apreendeu na tarde de quinta-feira, 4, aproximadamente 1,2 tonelada de cloridrato de cocaína.

Segundo a Receita, a droga estava escondida em meio a uma carga de compensados de madeira, com a logomarca da empresa Macasil, de União da Vitória. Conforme a receita, a matéria prima da Macasil pode ter sido usada para embarcar a droga que tinha como destino o Porto de Antuérpia, na Bélgica.

Ainda segundo a fiscalização, os operadores das máquinas que monitoram as cargas viram os pacotes no momento em que a carga entrava na alfândega. A prática é corriqueira: Traficantes inserem a droga sem o conhecimento do exportador depois que a mercadoria é embarcada, prática conhecida como rip-on/rip-off.

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Empresa se pronuncia

O proprietário da empresa Macasil, de União da Vitória, Dinomar Narzetti, disse em entrevista exclusiva para a Rádio CBN Vale do Iguaçu, que estava indo à Paranaguá com a documentação pertinente, e disse que os compensados com a marca da empresa certamente foram usados pelas quadrilhas para tentar embarcar a droga para a Europa.

Estou indo a Paranaguá, mas posso adiantar que a Macasil leva os compensados até o porto, onde outras empresas fazem o despacho para vários lugares do mundo. O que eu posso dizer é que aquela carga não tinha notas de embarque da Macasil, logo, nossa matéria prima seria usada para disfarçar a cocaína”, explicou Narzetti.

O empresário disse que assim que se inteirar dos fatos vai se reportar com mais detalhes. Somente em 2019, a Receita Federal apreendeu 5,5 toneladas de cocaína no Porto de Paranaguá. A quantidade já é maior do que o total de cocaína apreendida em todo o anos de 2018.

Crédito de fotos: Receita Federal do Brasil/PR